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sexta-feira, 28 de junho de 2013

O sistema de pagamento


Embora a produção de cada trabalhador seja medida por metro de linhas de cana plantada ou de rua de cana cortada, seu pagamento é feito por tonelagem de cana, o que exige um sistema de conversão de medidas que, teorica-



mente, segue os seguintes passos:





Pesa-se a cana de uma determinada área, da qual sabe-se uma das dimensões. A partir daí, calcula-se o valor do metro linear de cana plantada em



termos de tonelagem. Multiplicando-se este valor pelo preço da tonelada decana, estabelecido em acordos entre usineiros e sindicatos de trabalhadores,



determina-se o valor do metro de cana cortado. Para ilustrar, tomemos o se-



guinte exemplo:







Características da área superfície:



1 alqueire ou 24.200m² número de linhas:



5 espaçamento entre linhas: 1,40



metro produtividade: 300 toneladas









Cálculo do preço do metro



largura da área: espaçamento entre linhas x número de linhas ou 1,40 x 5 = 7 metros



comprimento da área: superfície ÷ largura da área ou 24.200 ÷ 7 = 3,457 metros





O comprimento da área é a medida que se está procurando





Se a produtividade do alqueire é de 300 toneladas, o valor do comprimento da área também é de 300 toneladas, portanto usa-se uma “regra de três”:



Se 300 toneladas equivalem a 3.457 metros, 1 tonelada equivalerá a X, 3003,4571 X onde X = (3,457 x 1) ÷ 300 = 11,52 metros



Se o preço da tonelada é de R$ 1,18 e se uma tonelada equivale a 11,52 metros, o preço do metro será de: R$ 1,18 ÷ 11,52 = R$ 0,103





As usinas dispõem de tabelas com dados sobre a variação da produti-



vidade e o espaçamento das áreas, o que facilita esses cálculos.



Na prática, a cada dia de trabalho a usina escolhe “aleatoriamente” um



eito, chamado de



eito campeão



que vai servir como padrão para o preço da



cana daquela área.



Pelo dissídio, são negociados apenas dois valores para a tonelada de



cana: uma para a cana de 18 meses e outro para todos os outros tipos de cana.



Na safra de 1994/95, o valor para a tonelada de cana de 18 meses foi de



R$ 1,18 e para as outras, R$ 1,12, segundo o Sindicato.



Este sistema faz com que o preço do metro de cana varie muito. Além



disso, cria contradição entre situação “boa” de corte, porque exige um menor



esforço físico, e situação “boa” de preço, que paga melhor.



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